(Da Redação) São Sebastião completa nesta quarta-feira, 16 de março, 386 anos de emancipação político-administrativa. A cidade encanta não somente por suas belezas naturais e por estar inserida entre a Serra do Mar e o Oceano Atlântico, mas também pelo seu Centro Histórico, que remete os visitantes a uma verdadeira viagem no tempo. Em cada esquina, uma verdadeira riqueza histórica.
São casarios coloniais e igrejas do início do século XVII, em sete quarteirões e oito edifícios tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico). Entre as principais construções estão a Igreja Matriz, a Capela de São Gonçalo que abriga o Museu de Arte Sacra, a Casa de Câmara e Cadeia e a Casa Esperança, esta última tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a única mantida por particulares, no caso, a tradicional família Fernandes.
Mas não é só o patrimônio material, São Sebastião possui uma ampla cultura imaterial, em manifestações como a Congada de São Benedito e as Folias de Reis.
São Sebastião é a cidade mais antiga do Litoral Norte. Antes da colonização portuguesa, a região era ocupada por índios Tupinambás ao norte e Tupiniquins ao sul. A serra de Boiçucanga era uma divisa natural das terras das tribos.
O nome do município é uma homenagem da expedição de Américo Vespúcio, que passou ao largo da Ilha de São Sebastião – hoje Ilhabela – em 20 de janeiro de 1502, ao santo do dia.
A ocupação portuguesa ocorreu após a divisão do território em Capitanias Hereditárias. Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu, Gonçalo Pedroso e Francisco de Escobar Ortiz iniciaram a povoação, desenvolvendo o local com agricultura e pesca.
Nesta época, a região contava com dezenas de engenhos de cana de açúcar, responsáveis por um maior desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo habitacional e político. Isto possibilitou a emancipação político-administrativa de São Sebastião em 16 de março de 1636. Texto: Radar Litoral