O governo ucraniano afirmou que a Rússia enfim lançou uma grande ofensiva militar contra alvos no leste do país, região onde se concentram os separatistas pró-russos. As tropas de Vladimir Putin teriam usado mísseis de longo alcance nos bombardeios mais recentes, fato que está sendo chamado pelo governo de Volodymyr Zelensky de “batalha de Donbass”, região ao leste do país onde estão localizadas Donetsk e Luhansk, que se autoproclamaram independentes pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia.
A Rússia está aumentando os ataques a fábricas de armas, ferrovias e outros alvos de infraestrutura em toda a Ucrânia, para desgastar a capacidade do país de resistir.
“Esta manhã, ao longo de quase toda a linha de frente das regiões de Donetsk, Luhansk e Kharkiv, os ocupantes tentaram romper nossas defesas”, disse o secretário do Conselho de Segurança, Oleksiy Danilov, na televisão estatal.
O Estado-Maior da Ucrânia, espécie de comando das Forças Armadas, relatou o início da ofensiva.
“A Rússia continua a formar unidades militares adicionais na Crimeia ocupada e na fronteira de Rostov Oblast”, divulgou em comunicado.
O chefe de gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, afirmou que “a segunda fase da guerra começou”. Ele pediu confiança. “Acredite em nosso exército, ele é muito forte”, escreveu Yermak no Telegram.
Mais de 300 mísseis, segundo o Exército de Vladimir Putin, foram disparados. Lviv e Lugansk registraram mortes. Kharkiv, Zaporizhzhia, Donetsk e Dnipro sofreram bombardeios.
O Ministério da Defesa da Rússia, em comunicado divulgado pela agência russa de notícias Tass, afirma que atacou 315 alvos ucranianos.
As forças russas confirmam que os sistemas de defesa aérea foram usados para derrubar dois caças MiG-29 e um avião SU-25.
Segundo o ministério, as tropa destruíram armas e equipamentos militares ucranianos com mísseis Iksander.
Pelo menos 16 instalações militares ucranianas foram atingidas, incluindo cinco postos de comando, um depósito de combustível e três depósitos de munição. Fonte: Metrópoles