Após a semana mais turbulenta da campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo neste ano, o Datafolha aponta um cenário estável. Seguem empatados à frente Ricardo Nunes (MDB), com 27%, e Guilherme Boulos (PSOL), com 26%. Pablo Marçal (PRTB), no centro da confusão, manteve-se com 19%.
Foi o que aferiu o instituto após entrevistar 1.204 eleitores paulistanos de terça-feira (17) até esta quinta (19). Encomendado pela Folha e pela TV Globo, o levantamento com margem de erro de três pontos para mais ou para menos está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-03842/2024.
A estabilidade segue nos pelotões inferiores, com a deputada Tabata Amaral (PSB), com 8%, empatada tecnicamente com o apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 6%. Marina Helena (Novo) permanece com 3%, e os demais não pontuaram. Declaram voto branco ou nulo 6% (eram 7%), e não responderam 3% (eram 4%).
Na pesquisa espontânea, na qual o entrevistado cita seu candidato preferido sem ver a lista de opções, o cenário segue de igualdade em relação ao levantamento passado.
Dizem votar no deputado do PSOL 23%, ante 16% que o fazem no prefeito Nunes e 15%, em Marçal. Aqui, o dado mais relevante para as campanhas é que 28% dizem estar indecisos.
No levantamento estimulado por cartão, apenas Boulos teve uma oscilação ante a rodada anterior, há uma semana, quando tinha 25%. Os demais ficaram onde estavam, o que não permite dizer que a candidatura do polêmico Marçal entrou em um processo de desidratação.
O influenciador tem sua melhor avaliação entre os homens, 47% dos ouvidos: 28%, enquanto o psolista marca 24% e o prefeito, 23%, com margem de quatro pontos. Com o mesmo intervalo, os 53% de mulheres preferem Nunes (30%), Boulos (29%), com as tiradas machistas de Marçal cobrando preço do influenciador, que marca 12% entre elas.
Folhapress