Uma reunião prevista para o próximo dia 29 de abril deve sacramentar o retorno do banqueiro André Esteves ao comando do BTG Pactual.
A expectativa é que Esteves, que foi um dos executivos mais próximos do Planalto durante gestões petistas e chegou a ficar preso por um mês em 2015 no âmbito da Lava Jato, volte a ser —oficialmente— a principal figura à frente da instituição financeira, na posição de presidente do conselho de administração.
Nos últimos sete anos, enquanto sócios importantes saíram da empresa, o banqueiro de 53 anos, que nunca deixou de ter forte influência nos rumos da operação, veio preparando o terreno para o seu retorno. A absolvição por falta de provas, em julho de 2018, retirou obstáculos legais a essa ambição.
De uma família de classe média do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, o carioca iniciou a carreira no final dos anos 1980, quando entrou como analista de sistemas no Pactual, banco de investimentos do qual o ministro Paulo Guedes foi um dos fundadores.
Alguns anos depois, em 2006, o banco de investimentos foi vendido para o suíço UBS AG por cerca de US$ 3,1 bilhões, com Esteves alçado ao posto de chefe global de renda fixa.
Em 2008, ele optou então por sair do UBS para fundar o banco de investimento BTG.
Um ano depois, se valendo da crise financeira global que fragilizou uma série de bancos internacionais, o BTG adquiriu o controle do UBS Pactual por US$ 2,5 bilhões, criando o BTG Pactual.
Tendo como uma das principais referências no mercado a trajetória de Jorge Paulo Lemann, Esteves conduziu o banco por investimentos em áreas diversas, de redes de combustíveis a farmácias, passando por estacionamentos, montadoras de veículos e hospitais.
No início da década passada, o BTG Pactual investiu no Banco Pan, do apresentador Sílvio Santos, se tornando sócio da Caixa Econômica Federal no negócio. Em abril de 2021, o banco comprou a participação da estatal e passou a deter o controle de 100% do Pan. Fonte: Folhapress