Os ataques da Rússia contra as principais cidades da Ucrânia e as incertezas sobre o desenrolar do conflito na região provocam uma nova onda de nervosismo entre os investidores globais.
As principais Bolsas na Europa e nos Estados Unidos voltaram a operar no terreno negativo nesta terça-feira (1º/3), enquanto o dólar mantém a valorização acentuada frente ao rublo russo.
Por volta das 13h30, o índice acionário americano S&P 500 recuava 0,73%, o Nasdaq, de tecnologia, tinha perdas de 0,86% e o Dow Jones cedia 1,52%.
As ações do Citi oscilavam em queda de 1,62%, após a desvalorização de 4,4% na véspera. O banco divulgou que tem quase US$ 10 bilhões em exposição à Rússia por meio de empréstimos, dívidas do governo e outros ativos, detidos parcialmente por seu banco de varejo no país.
Entre os índices de ações europeus, o FTSE 100, de Londres, oscilava em baixa de 1,40%, e o CAC, de Paris, caía 3,30%. O DAX, de Frankfurt, recuava 3,19%.
Apesar das perdas, a BlackRock entende que a invasão russa pode representar um cenário mais positivo para ações de mercados desenvolvidos.
Maior gestora global do mercado com cerca de US$ 10 trilhões em ativos, a BlackRock avalia que a invasão russa pode fazer com que os bancos centrais não sejam tão agressivos como o mercado estava prevendo no combate à inflação, o que pode abrir espaço para um desempenho positivo de ações de mercados desenvolvidos.
“Acreditamos que as expectativas do mercado sobre o aumento dos juros se tornaram excessivas e criaram oportunidades em ações”, dizem os estrategistas da gestora global, em relatório publicado na segunda-feira (28).
Segundo eles, os conflitos no Leste Europeu reduziram o principal risco para as teses de investimento da gestora para 2022, de um aperto monetário agressivo do banco central dos Estados Unidos.
Já a moeda russa rublo, que ontem sofreu um tombo acima de 20% frente ao dólar norte-americano, tem nova sessão de forte depreciação, com queda de aproximadamente 8,6% nesta terça. A Bolsa de Valores brasileira permanece fechada por conta do feriado de carnaval. Fonte: Folhapress