A máxima (ou clichê) de que debates televisionados não mudam mais eleições caiu por terra. Uma semana após o encontro entre Joe Biden e Donald Trump —em pleno feriado cívico mais importante dos EUA, o 4 de julho—, a revista The Economist estampou na capa um andador com o selo do presidente dos Estados Unidos acompanhado da frase: “Sem condições para comandar um país”.
As reações nas redes sociais foram imediatas e se dividiram entre “necessária” e “capacitista”.
A capa se refere ao editorial desta que é uma das mais importantes mídias do setor econômico do mundo. O artigo junto à capa pressiona Biden para que desista de disputar a reeleição, depois de um desempenho considerado ruim até por ele mesmo no embate contra Trump.
No artigo com o título “Por que Biden deve se retirar”, a revista afirma que o debate presidencial foi terrível para Joe Biden, mas “passar pano” foi pior.
“Foi uma agonia ver um velho confuso lutando para lembrar palavras e fatos. Sua incapacidade de argumentar contra um oponente fraco foi desanimadora. Mas a operação de sua campanha para negar o que dezenas de milhões de americanos viram com seus próprios olhos é mais tóxica do que qualquer um deles, porque a sua desonestidade provoca desprezo”, diz o editorial.
O editorial finaliza dizendo que a renovação dos EUA precisa começar agora. “Não poderia haver melhor maneira do que escolher um novo candidato para derrotar o Sr. Trump”.
Apesar de o artigo em si ter sido elogiado por alguns nas redes sociais, a capa ganhou mais projeção e dividiu opiniões.
Folhapress