A arrecadação dos cartórios brasileiros atingiu novo recorde nominal: R$ 23,4 bilhões em 2021. É um aumento de 34% em relação ao recorde anterior, de 2020.
Os dados da plataforma Justiça Aberta do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) indicam que as serventias tiveram receita de R$ 138 bilhões de 2013 até o ano passado (sem correção monetária).
A receita dos cartórios nunca caiu de 2013 em diante, período para o qual há dados. Nos últimos 9 anos, cresceu 112%. A inflação acumulada no período foi de 62%. Desde 2013, os cartórios arrecadaram quase o mesmo que toda economia da Bolívia arrecada em 1 ano (PIB de aproximadamente US$ 36 bilhões).
De acordo com os cartórios, a alta na arrecadação está relacionada ao aumento de oferta e de busca de serviços on-line durante a pandemia. “O digital teve um boom. Conseguimos manter os serviços abertos e ampliar o acesso. A quantidade de atos que ganharam essa dimensão [maior] por conta da facilidade [é muito grande]”, diz Fernanda de Almeida Abud Castro, diretora-executiva da Anoreg (Associação dos Notários e Registradores do Brasil).
Fernanda cita serviços que passaram a ter a possibilidade de realização on-line ou cuja demanda pela internet aumentou: abertura de empresas, registro civil, casamentos on-line, pedidos de certidão e protestos on-line.
“Aumentou muito também as procurações durante a pandemia. Idosos que não podiam sair de casa passaram a fazer procurações para que alguém pudesse tocar os seus negócios”, afirma. Fonte: Poder360