O aumento dos preços do petróleo e do gás fez soar os alarmes de recessão em todo o mundo.
Mas outro indicador econômico está começando a parecer ameaçador: a curva de juros está se achatando.
Wall Street observa de perto a diferença, ou “spread”, entre os rendimentos dos títulos do governo de curto prazo, principalmente o Tesouro de 2 anos, e as taxas de títulos de longo prazo, como o Tesouro de 10 anos.
À medida que esse spread diminui, os investidores temem que a curva de juros possa eventualmente se inverter, o que significa que as taxas de curto prazo seriam mais altas do que as de longo prazo.
Na última sexta-feira (11/3), a diferença era de apenas 0,25%, com o rendimento de 10 anos em torno de 2% e o de 2 anos rendendo 1,75%.
A diferença aumentou um pouco na última segunda-feira, quando o de 10 anos subiu para 2,1% e o rendimento de 2 anos foi de cerca de 1,82%, tornando o spread de 0,28%.
Uma curva de rendimento invertida tem sido frequentemente um sinal potencial de recessão. A curva de rendimentos inverteu-se em 2019 antes da recessão induzida pela Covid-19 em 2020. Também o fez em 2007, antes da Crise Financeira Global/Grande Recessão de 2008. E inverteu no início de 2000, pouco antes do colapso das ações pontocom/tech.
O secretário do Trabalho dos EUA, Marty Walsh, disse à CNN que uma recessão é “uma probabilidade real”, mas acrescentou que “temos uma economia muito forte” e observou que o mercado de trabalho, em particular, é saudável.
Quando os investidores querem taxas mais altas para títulos de curto prazo, é uma indicação de que os detentores de títulos estão nervosos. Normalmente, as taxas de títulos de longo prazo são mais altas porque você precisa esperar mais tempo para ser pago de volta. Fonte: CNN Brasil