(Da Redação com Agências) Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela segunda semana seguida a estimativa de inflação para 2022, de 5,09% para 5,15%. A meta do BC este ano é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%. O país fechou 2021 com inflação em 10,06%, maior índice desde 2016.
Já a expectativa para o IPCA em 2023 foi mantida em 3,40%, de 3,38% há quatro semanas. Nesse caso, a mediana se encontra acima do centro da meta, de 3,25%, mas dentro do intervalo de tolerância (de 1,75% a 4,75%). A informação consta do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (24/1) pelo BC. Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Já informação divulgada também nesta segunda pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) avançou a 0,44% na terceira quadrissemana de janeiro, após 0,43% na segunda leitura do mês. O indicador acumula alta de 9,53%, maior do que a elevação de 9,52% no período até a segunda quadrissemana.
Das oito categorias de despesas que compõem o IPC-S, cinco aceleraram da segunda para a terceira medição de janeiro, com destaque para Educação, Leitura e Recreação, que subiu de 0,50% para 1,03%. O item com maior influência no grupo foi cursos formais (3,25% para 4,68%).
Transportes (-0,18% para -0,08%), Alimentação (1,12% para 1,22%), Comunicação (0,09% para 0,14%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,15%) também apresentaram acréscimo na taxa de variação. Nessas classes de despesa, os itens com maior contribuição foram etanol (-3,60% para -2,90%), hortaliças e legumes (1,58% para 5,74%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,20% para 0,42%) e cigarros (0,73% para 0,99%), respectivamente.