O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (16/3) que elevou a taxa de juros no país em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 0,25% a 0,50% ao ano. Foi a primeira alta de juros no país desde 2018.
A decisão marca o início do ciclo de alta de juros na maior economia do mundo para combater a inflação persistente no país, que continua batendo recordes e já chegou aos maiores níveis em 40 anos, decorrente principalmente de efeitos da pandemia.
A alta já era esperada pelo mercado desde o início do ano, e foi indicada de forma inédita pelo atual presidente do Fed, Jerome Powell, no dia 2 de março.
A expectativa é que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos termine com a taxa em torno de 3% ao ano em 2023, encerrando 2022 entre 1,75% e 2%, com novas elevações nas próximas reuniões do Fed.
Entretanto, o efeito inflacionário da guerra na Ucrânia pode piorar o quadro e exigir um patamar ainda maior.
Em uma declaração após a alta, o Fed citou a enorme incerteza que a economia enfrenta com a guerra na Ucrânia e a crise de saúde em andamento, mas que “aumentos contínuos” na taxa de juros “será adequada” para conter a inflação.
Além da alta de juros, o banco central norte-americano sinalizou que começará a retirar os estímulos à economia estabelecidos durtante a pandemia a partir da próxima reunião, em maio.
O momento em que a alta começaria era aguardado desde o segundo semestre de 2021. À época, Powell indicou que o Fed esperaria pelo momento em que o desemprego nos Estados Unidos caísse a patamares próximos ao do pleno emprego, para evitar que a desaceleração da atividade com as altas de juros prejudicasse a retomada da economia. Fonte: CNN Brasil