A primeira “cidade provisória” do Rio Grande do Sul deve ser inaugurada nesta quinta-feira (4/7), em Canoas. O local fica próximo à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e foi criado para proporcionar um novo início para famílias desabrigadas pela enchente que assolou o estado no mês de maio e deixou 180 óbitos.
Inicialmente chamado de “cidade provisória” pelo próprio governo, o agora nomeado “Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) – Recomeço” dispõe de 126 unidades habitacionais, cedidas pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), e tem capacidade de acolher cerca de 630 pessoas.
De acordo com o governo do RS, a estrutura foi montada com “sistema octanorm (tubos de alumínio com oito lados) e placas de TS (material compacto e estável)”.
Medidas de uma unidade habitacional
Tamanho: 17,5 m² (2,83 metros de altura, 5,68 de comprimento e 3,32 de largura);
Peso: 140 kg;
Saídas: porta, quatro janelas, quatro espaços de ventilação e sistema simples de iluminação;
Estrutura: paredes e teto de espuma poliolefina, um material isolante rígido à prova d’água e com propriedades que protegem do sol e do calor, sustentados por uma estrutura em aço que é fixada ao chão por ganchos que funcionam como âncoras;
Tempo de montagem: de 4 a até 5 horas;
Resistência: suporta ventos de até 101 km/h e chuva leve e tem pintura com proteção contra radiação solar;
Validade: os abrigos podem atender à sua finalidade com qualidade por até três anos.
O pavilhão do Centro Humanitário comporta:
fraldário;
cozinha comunitária;
lavandeira;
centro de convivência;
espaço kids.
Canoas é o município com mais óbitos decorrentes da enchente, somando 31 mortos.
A estimativa da prefeitura é de que cerca de 150 mil pessoas tenham sido atingidas no município, sendo que 104 mil foram para abrigos institucionais e voluntários. A cidade tem 347.657 habitantes, segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
g1