Às vésperas de completar dois meses, a Guerra da Ucrânia ultrapassou a marca de cinco milhões de refugiados nesta quarta-feira (20/4), segundo dados das Nações Unidas.
E o conflito não dá sinais de que está se encaminhando para um fim. A Rússia estabeleceu um novo prazo —a tarde desta quarta, no horário local— para a rendição dos combatentes ucranianos que ainda resistem em Mariupol.
A pressão sobre a cidade no sudeste da Ucrânia é o símbolo de uma nova fase da guerra e compõe o que Kiev já chama de Batalha do Donbass, em referência à ofensiva de Moscou para tomar as duas províncias no leste do país das quais reconheceu a independência dias antes do início da invasão.
Mariupol está praticamente em ruínas após quase oito semanas sob cerco das forças russas, que agora concentram ataques sobre o último reduto dos ucranianos, a siderúrgica Azovstal. Segundo Kiev, há centenas de civis abrigados no local, em meio à grave crise humanitária que deixou os milhares de pessoas que ainda não conseguiram deixar a cidade sem acesso a água, comida e energia elétrica.
“O mundo assiste online ao assassinato de crianças e permanece em silêncio”, escreveu Mikhailo Podoliak, conselheiro de Volodimir Zelenski, em uma publicação no Twitter. A postagem ecoa uma das principais mensagens do presidente, a de que o Ocidente poderia fazer mais para reagir a Moscou e encerrar o conflito.
Grande parte dos civis de Mariupol conseguiram sair da cidade em veículos próprios. Outras dezenas de milhares foram levados de ônibus para a Rússia —o que Moscou chama de ação humanitária e Kiev, de deportação forçada ilegal. Fonte: Reuters