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12/10/2024

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Inflação desacelera a 0,21% em junho e fica abaixo das projeções

A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,21% em junho, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (10/7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta dos preços havia sido de 0,46% em maio.

O resultado de junho surpreendeu o mercado financeiro ao ficar abaixo da mediana das expectativas. Segundo pesquisa da agência Reuters, a projeção era de taxa de 0,32%.

Em 12 meses, o IPCA ganhou força, acumulando inflação de 4,23%, sinalizou o IBGE. No mesmo recorte, a alta era de 3,93% até maio.

“Essa aceleração no acumulado em 12 meses se dá basicamente pela substituição das taxas”, ponderou André Almeida, gerente da pesquisa do IPCA.

“A gente retira do acumulado a deflação [queda] de 0,08% observada em junho de 2023 e coloca a variação de 0,21% observada agora, em junho de 2024.”

ALIMENTOS PERDEM FORÇA, MAS AINDA PRESSIONAM

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, 7 tiveram alta de preços no mês passado. O segmento de alimentação e bebidas desacelerou de 0,62% em maio para 0,44% em junho.

Ainda assim, exerceu o maior impacto no IPCA: 0,10 ponto percentual. Em outras palavras, os alimentos seguem pressionando o índice, apesar da trégua.

O subgrupo alimentação no domicílio teve alta de 0,47% em junho. Isso representa uma desaceleração frente a maio (0,66%), quando parte dos preços havia sido afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

O estado, principal produtor de arroz do Brasil, amargou perdas em plantações com a tragédia climática. Na visão de economistas, é possível que os reflexos da catástrofe estejam se dissipando no IPCA.

PASSAGEM AÉREA EM QUEDA ALIVIA TRANSPORTES

O grupo dos transportes, por sua vez, registrou queda de 0,19% em junho, após subir 0,44% em maio. Assim, teve a principal contribuição para frear o IPCA, com impacto de -0,04 ponto percentual.

O resultado dos transportes teve influência da baixa nos preços da passagem aérea (-9,88%). O bilhete de avião exerceu o principal impacto individual do lado das quedas no índice (-0,06 ponto percentual).
Folhapress


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