Celebração não deve faltar neste domingo de Páscoa, o primeiro em que muitas famílias voltam a se reunir desde o início da pandemia. Já o ovo de chocolate deve se mostrar bem mais escasso ou, pelo menos, mais modesto em relação à comemoração do ano passado.
Segundo levantamento feito pela plataforma de pesquisas Toluna, quase metade dos consumidores brasileiros (48%) comprou menos ovos de chocolate este ano por conta do aumento de preços. Outros 39% buscaram alternativas mais baratas em relação ao ano passado. Apenas 13% disseram que o valor mais alto não mudou suas escolhas.
Para 72%, o preço dos ovos aumentou muito este ano, enquanto 25% consideram que o preço aumentou um pouco. Apenas 3% disseram que o valor continua igual ao do ano passado.
A pesquisa da Toluna foi feita pela internet entre os dias 11 e 12 de abril, com 768 pessoas das classes A, B e C, em todas as regiões do país. A amostra é representativa do universo de consumidores nacional.
“A maioria dos consumidores procurou comprar menos ovos ou encontrar opções mais baratas”, diz Maria Pare, gerente de marketing da Toluna para a América Latina. A pesquisa, diz ela, apontou uma predileção pelas grandes marcas populares –como Lacta, Nestlé e Cacau Show, escolha de 8 a cada 10 entrevistados.
“Só na última quinta-feira antes da Páscoa [14], batemos o recorde de consumidores visitando as lojas: foram 1 milhão, aumento de 40% em relação ao ano passado”, diz Alê Costa, fundador e presidente da Cacau Show, dona de 2.928 pontos de venda no país, a maioria franquias. “É a velha tradição de deixar as compras para a última hora”, diz.
Cerca de 80% das vendas da marca, que tem fábrica em Itapevi (SP), são de produtos presenteáveis, segundo Costa, oferecidos a um preço “super competitivo”.
“O quilo do nosso chocolate equivale a 5% do salário-mínimo –é o mesmo percentual há 10 anos”, diz o empresário. “Quando eu comecei o negócio, no fim dos anos 80, a proposta era oferecer uma opção acessível aos chocolates finos, cujo quilo equivalia a um salário-mínimo da época”, afirma. Fonte: Folhapress