O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), registrou alta de 0,95% em março, após ficar em 0,99% em fevereiro. Essa foi a maior variação para um mês de março desde 2015, quando o índice registrado foi de 1,24%. O resultado foi influenciado principalmente pelo preço dos alimentos. Os dados foram divulgados hoje (25/3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 10,79%. Em março de 2021, a taxa registrada foi de 0,93%. A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos —ou seja, variando entre 2% e 5%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em março. A maior variação (1,95%) e o maior impacto (0,4 ponto percentual) vieram dos alimentos e bebidas, influenciados principalmente pelo preço de alimentos consumidos em domicílio (2,51%).
Somados a alimentos e bebidas, os grupos de saúde e cuidados pessoais (1,30%) e o de transportes (0,68%) respondem por 75% do impacto total do IPCA-15 de março. Em transportes, os preços da gasolina subiram 0,83% no mês. É o subitem de maior peso da pesquisa. Segundo o IBGE, o aumento deve-se ao reajuste de 18,77% do combustível nas refinarias, em 11 de março. O IPCA-15 também registrou alta nos preços do óleo diesel (4,10%) e do gás veicular (5,89%). O etanol foi a exceção, com queda de 4,70%. Fonte: UOL