O Brasil registrou o primeiro caso de Covid-19 provocada pela subvariante Ômicron XE, potencialmente mais transmissível que outras da mesma cepa. O laudo, ao qual O GLOBO teve acesso com exclusividade, mostra que o paciente é um homem de 39 anos, que mora na capital paulista. O Instituto Butantan fez a identificação da sublinhagem a partir do sequenciamento genômico.
A amostra foi coletada há um mês, em 7 de março. O caso é importado, isto é, veio de outro país, com “provável origem” da África do Sul, mostra o laudo. Outro documento, também obtido pelo GLOBO, mostra que o Butantan notificou a Rede Cievs na quarta-feira e que o paciente tem esquema vacinal completo.
Entre os sintomas apresentados, estão coriza, distúrbios de olfato e de paladar, dor de cabeça, tosse, febre e dor de garganta. Os sintomas começaram em 17 de fevereiro e o homem já está recuperado.
“No Brasil, no dia 06 de abril de 2022, foi notificado um (01) caso da variante recombinante XE, combinação das sublinhagens BA.1 e BA.2 da VOC Ômicron, no estado de São Paulo. O teste RTPCR positivo foi realizado no dia 07/03/22. O caso realizou tratamento domiciliar (Quadro 2). Os sequenciamentos foram relatados via relatório do Instituto Butantan e ainda não foi registrado no GISAID”, diz o documento.
O Ministério da Saúde confirmou que foi notificado na quarta pelo Instituto Butantan sobre o primeiro caso da variante XE. Informou também que faz “o constante monitoramento do cenário epidemiológico da Covid-19”, e defendeu a importância de completar o esquema vacinal para evitar o avanço de novas variantes no Brasil.
Os diagnósticos se concentram no Reino Unido, dada a maior vigilância genômica. Foi o país, inclusive, que detectou a primeira amostra, em 19 de janeiro. Outros cinco países — Dinamarca, Irlanda, Escócia, Estados Unidos e País de Gales — têm pelo menos um caso de Ômicron XE. Fonte: O Globo