Donald Trump virou o jogo —ao menos, o das vibes. A 15 dias da eleição, marcada para 5 de novembro, a campanha republicana ganha tração, dominando o noticiário e ultrapassando Kamala Harris nas projeções de vitória.
No modelo probabilístico do FiveThirtyEight, agregador de pesquisas que leva em conta uma série de variáveis, a democrata aparecia com um ligeiro favoritismo desde 8 de agosto. Na última sexta-feira (18), Trump virou pela primeira vez. Agora, ele aparece com uma chance de 52% de vencer o pleito.
Nas projeções da revista The Economist, a probabilidade de Trump vencer atualmente é de 54% —uma alta de 6 pontos percentuais em relação à semana passada. No modelo do estatístico Nate Silver, o republicano também passou à frente, com 50,2% de chances de vencer.
Embora as margens em todos os casos sejam apertadas —praticamente um cara ou coroa, como ressaltam analistas—, a mudança confirma uma tendência de recuperação observada nas últimas semanas. O cenário é ainda essencialmente de empate técnico, mas os números desenham uma trajetória ascendente do republicano na reta final.
A rodada mais recente de pesquisas mostra que Trump conseguiu recuperar boa parte do terreno perdido com a saída de Joe Biden da corrida. Os quase quatro pontos de vantagem que a democrata havia aberto nos levantamentos nacionais depois da convenção do partido caíram para 1,8, segundo o FiveThirtyEight.
Nos sete estados em disputa, Trump passou a aparecer empatado com Kamala nos três mais importantes para os democratas: Pensilvânia, Michigan e Wisconsin. Se perder a trinca, chamada de muralha azul, as rotas alternativas de vitória da vice-presidente são muito mais difíceis.
No agregador do jornal The New York Times, Trump ganhou, em um espaço de duas semanas, dois pontos na média em Michigan, um ponto em Wisconsin e menos de um ponto na Pensilvânia. Já Kamala avançou apenas em dois estados, Arizona e Carolina do Norte, mas o republicano ainda aparece dois pontos à frente no primeiro. No segundo, o cenário é de empate.
A democrata continua com dificuldade de se diferenciar do impopular Joe Biden.